O autor de um relatório da ONU sobre gangues criminosas no círculo do pacífico disse que a legislação de alguns estados da Austrália que focam o crime organizado é "extremista" e "ingênua" em seu objetivo de refrear as ações das gangues.
O autor, Andreas Schloenhardt, professor e professor adjunto do curso de direito da Universidade de Queensland, apelou aos governos para que reconheçam as falhas em utilizar tais leis para vencer a guerra contra o crime organizado.
O relatório, que teve co-participação da Policia Federal Australiana e do Governo Federal Australiano, alerta para uma ampla gama de organizações criminosas que operam na região da Ásia-Pacífico.
Entre elas estão as gangues de motociclistas, os cartéis colombianos e as máfias Russa e Italiana, que também estão bem estabilizadas na Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos.
Chamado de "Palermo no Círculo do Pacífico", o relatório detalha o progresso resultante da Convenção contra o Crime Organizado Transacional, conhecida como "Convenção de Palermo", assinada em Palermo na Itália, em 2000.
O relatório reporta que o crime organizado Vietnamita continua operando por todo o sudoeste Asiático, enquanto grupos criminosos do Leste da África aumentaram sua presença na Indonésia.
Na Austrália, o relatório alerta para a expansão do crime organizado proveniente do Oriente Médio nos subúrbios de Sidney e dos estados de Queensland e Western Austrália.
Essas gangues sucederam o aparecimento da máfia italiana, do crime organizado vietnamita, de gangues provenientes da China e Japão e da máfia russa.
Mas Andreas Schloenhardt criticou de maneira enfática a maneira como os governos dos estados de South Austrália, New South Wales, Queensland e Northern Territory vem respondendo às redes do crime organizado.
Ele taxou as leis designadas a classificar o crime organizado de "extremistas"
"Essas leis foram baseadas na crença de que simplesmente colocando rótulos em algumas poucas organizações o problema estará resolvido." Disse Schloenhardt na leitura do relatório.
"Isso é ingênuo em relação ao real problema. Não foca as causas do crime organizado e cria um cenário em que se corre o risco de abuso de autoridade, em que grupos errados podem ser taxados de criminosos."
Leia o artigo na íntegra em inglês em: Adelaide Now
Fonte: Adelaide Now
Tradução: Dan PRYMUS M.C.
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