ONU promove Iniciativa Global pela Segurança nas Estradas

Com os acidentes de trânsito causando as mortes de mais de um milhão de pessoas por ano no mundo, o que supera a malária e a diabetes, o Secretário Geral da ONU, Ban Kimoon, disse aos participantes da Primeira Conferencia Ministerial sobre Segurança nas Estradas, sediada em Moscou, que deve ser feito mais para enfrentar a “crise” das fatalidades no trânsito. Além do número de mortes, por volta de 50 milhões de pessoas são gravemente feridas, o que custa aos governos de 1 a 3% do PIB.

Na abertura da conferência o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, chamou a atenção a essa crise mundial que causa 1.27 milhões de mortes nas estradas por ano, com metade dessas mortes envolvendo os usuários mais vulneráveis das estradas, como ciclistas, motociclistas e pedestres. No final da conferência ministros de mais de 70 países aprovaram a Declaração de Moscou, que sugere “uma década de ações visando a segurança nas estradas” e o início de planos para a coordenação global do esforço para reduzir as vítimas de acidentes de trânsito em 50% até 2020.

A estratégia Sistemas Seguros, defendida na Diretiva de Moscou requer que todo o sistema de gerenciamento de trânsito nas estradas seja desenvolvido de forma a compensar erros cometidos pelos usuários das estradas, para que as pessoas possam sobreviver às conseqüências de seus erros. “Medidas simples, como introduzir ou reforçar leis de obrigatoriedade de capacetes e cintos de segurança, podem fazer uma grande diferença no desconforto que a monitoria acarreta”, escreveu a equipe de pesquisa de riscos de gerenciamento da Austrália.

Apenas 40% dos países têm, atualmente, leis que obrigam o uso do capacete para motorista e passageiro, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e menos de 60% dos países têm leis que obriguem todos os ocupantes de um carro a usar cinto de segurança.

A declaração de quatro páginas chamada “Década de Ação” inclui ações específicas que focam os usuários mais vulneráveis nas estradas. O documento diz: “Fazer esforços para implementar políticas e soluções em infra-estrutura que visem proteger todos os usuários das estradas, especialmente os mais vulneráveis, como pedestres, ciclistas, motociclistas e usuários de transporte público não seguro, assim como também crianças, idosos e portadores de deficiência.”

Ao assinar o documento, governos, agências da ONU, organizações civis e empresas privadas concordarão em estabelecer metas “ambiciosas, porém, possíveis” para reduzir os números de vítimas de trânsito em cada país.

Fonte: WTN
Tradução: Dan PRYMUS M.C.