ATENÇÃO

Se o motociclismo é o seu hobby favorito; se ao menos uma vez por semana você precisa reunir-se com seus amigos para um passeio de moto; se você já carregou nas costas o peso dos brasões de vários clubes ou está seriamente pré disposto a arcar com a responsabilidade de formar um novo motoclube; se você passa a semana inteira não aguentando esperar até o sábado para vestir seu colete, ou passa a semana indo trabalhar de carro e não vê a hora de pegar a sua moto no fim de semana; se você é consciente o suficiente para não pegar a estrada com mau tempo ou para não rodar sob efeito de álcool ou entorpecentes; se você exige ser rotulado de "motociclista" ou se você passa mais tempo em frente ao computador do que sobre duas rodas, e isso te incomoda... desculpe, seu lugar definitivamente não é aqui e talvez você se sinta desconfortável sabendo que para nós você não passa de um elo fraco dessa corrente. Portanto, meu conselho... IGNORE ESTE BLOG!

Dan

26/10/2009

(AUS) 400 policiais de WA vigiaram os Finks, mas sem prisões

REPORTAGEM ESPECIAL: Adam Shand, dentro da clubhouse dos Finks



Temia-se que eles tivessem vindo para uma guerra, mas na clubhouse dos Finks a cena mais parecia uma típica festa biker.

Não que isso seja do agrado de qualquer um, mas não foi uma ameaça à lei e à ordem.

Grupos de Finks e seus amigos vindos de todas as partes da Austrália se reuniram no bar para trocar histórias sobre suas experiências com a polícia do estado da Austrália Ocidental (Western Australia – WA) e não para conspirar contra bikers rivais.

Prósperos (membros não-efetivos) trabalharam duro no churrasco. Alguns jogavam sinuca.

Algumas garçonetes nuas trabalhavam por entre o grupo alheias ao frio noturno.

A clubhouse é uma casa comum de subúrbio com algumas modificações e grafites e a mascote tirada da charge Wizard of Id. Uma tenda foi erguida no quintal da frente para acomodar os convidados.

Uma dúzia de membros veio de moto de Adelaide e suas motos foram alinhadas, cada uma com um adesivo de notificação devido a escapamento ou espelhos fora das especificações.

Eles zombaram das reportagens que disseram que a polícia se preparou para uma “nova guerra entre bikers”. Na sexta-feira, o comissário auxiliar, Nick Anticich, disse que os Finks estariam vindo a Perth "para se estabilizarem e potencialmente para cometerem crimes."

Mas os Finks estavam despreocupados. Sua presença será tolerada em Perth. É sabido que houve contato entre os Finks e outros clubes.

Muitos dos Finks que voaram até Perth não chamaram o evento de “national run”, mas apenas de uma festa. Até a publicação deste artigo o fim de semana foi livre de maiores incidentes.

Apesar disso, a polícia de WA manteve uma rede de investigação sufocante sobre os Finks durante todo o fim de semana, o que levantou questões sobre liberdade dos cidadãos e os custos de se policiar um pequeno grupo com recursos massivos.

Às 08h45min da noite de sexta-feira, a polícia adicionou o autor desta reportagem ao banco de dados de associados dos Finks.

Eu havia buscado dois membros dos Finks no aeroporto de Perth para a festa, e somente o fato deles serem membros do clube foi suficiente para voltar a atenção dos policiais para nós, ainda que nenhum de nós tenha histórico criminal.

Policiais à paisana seguiram os dois bikers do terminal de desembarque até a área de espera de veículos, onde eles entraram no meu carro.

Algumas centenas de metros depois, nós fomos escoltados pela polícia até uma rua adjacente onde começou uma extraordinária operação de segurança. “Bem vindos à Austrália Ocidental”, disse um deles com uma risada irônica.

“Se vocês fizerem merda neste fim de semana, não vai ter fiança”, disse outro.
Pelos próximos 20 minutos, 18 policiais procederam com sua rotina sob a luz ofuscante de um farol portátil. O carro alugado foi minuciosamente revirado, a bagagem foi aberta, as roupas cuidadosamente revistadas, carteiras e pochetes viradas do avesso.

Dois policiais com câmeras nos fotografaram, enquanto um terceiro filmava todo o procedimento. Um policial pegou nossos celulares e olhou nossas listas de chamadas e mensagens de texto.

Fomos todos revistados. Pediram a um dos Finks que abaixasse as calças e levantasse seus órgãos genitais em busca de contrabando. Eu era o próximo, mas foi só então que eles perceberam que eu era um repórter e não prosseguiram.

Isso não foi novidade para os dois Finks, mas para cidadãos comuns que consideram livre associação como um direito, isso foi uma ofensa. Nesta época de terror nós até esperamos que a polícia seja rigorosa e proativa, mas quando o sistema se volta contra você, a coisa muda de figura.

Até mesmo os Finks se surpreenderam com a intensidade da operação. “Isso foi uns 10 graus acima do que já tivemos que passar em qualquer outro lugar”, disse um deles. A polícia está relutante em divulgar os custos da operação, mas havia ao menos 35 agentes cobrindo o terminal, mais 18 no bloqueio. Um policial disse que eles estavam trabalhando em turnos de 18 horas por todo o fim de semana.

Saímos do bloqueio em direção à clubhouse dos Finks, uma casa em Balga, na periferia norte. Outro bloqueio com uma dúzia de viaturas nos aguardava perto da clubhouse e mais um observava a clubhouse do alto da rua.

Bem mais tarde, quando voltamos para as nossas acomodações, outro par de sonolentos policiais à paisana vigiava num carro do lado de fora.

Por volta das 4 da tarde de sábado, a presença policial foi reduzida após intermediações entre os Finks e o comando de polícia.

Poucos policiais observavam a clubhouse durante a noite de sábado.

Estima-se que aproximadamente 400 agentes por todo o estado estiveram envolvidos na visita dos Finks. A polícia de WA agora terá uma conta enorme de horas extra sem muita coisa para justificar esses números.


Fonte: Perth Now
Tradução: Dan PRYMUS M.C.

Nenhum comentário: